domingo, 9 de março de 2008

Pra toda ação existe uma reação – mesmo que passageira

Diplomacia. Newton – acredito eu – não tratava de tal assunto ao desenvolver sua cansativa – para os estudantes de cursinho – porém, famosa lei da “ação e reação”. Não sei se o governo brasileiro estudou a 3º lei de Newton, mas afirmo que ele a usou de maneira magistral nesta última semana. Um grupo de brasileiros foi barrado no aeroporto de Madri na última semana. Tratava-se de um grupo de turistas que, segundo as informações divulgadas pelos veículos jornalísticos, não tinham a intenção de permanecer no país mais do que o estipulado pelas leis locais. No entanto, apesar dos brasileiros comprovarem que tinham condições de permanecer onde estava o Governo espanhol negou suas entradas e os deixaram três dias sem alimentação adequada, sem condições de higiene, enfim, sem qualquer conforto. Alguns dias depois um grupo de espanhóis foi, igualmente, barrado no Brasil – mais precisamente – no aeroporto de Salvador. Nada de mais – se não fosse o caso anterior citado acima. Apesar de tamanha coincidência, a polícia federal afirmou que os espanhóis apresentavam irregularidades e, por isso, não podiam continuar no país. Se foi “legal” ou não eu não tenho conhecimento, mas que foi uma boa revanche não tenho dúvidas. Por ano são extraditados cerca de mil brasileiros da Espanha para o Brasil. Aqui os números não chegam sequer perto disso. Em média, apenas 6 espanhóis, POR MÊS, são deportados para seu país. Diferença gritante! No entanto, apesar de ter sido uma boa resposta (mesmo a PF continuando a afirmar que não se tratou de uma retaliação política) é presumível que tudo volte ao normal e que os nossos amigos hispânicos voltem a nos visitar com todas as regalias possíveis, afinal de contas, estamos a falar do Brasil, ora! Esse mesmo Brasil que permite que paguemos as contas - em conjunto, que fique bem claro - dos cartões de crédito de quem recebe um milhão de vezes a mais que nós. Tenho certeza, pelo menos, que recebem bem mais que minha mãe – que trabalha há anos de serviço geral em rede pública.

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