Apesar de continuar o desentendimento entre Brasil e Espanha – o Brasil deporta um espanhol para cada 20 brasileiros mandados de volta para cá – o tratamento aos milhares de turistas – independentes de sua naturalidade – não sofreu significativas alterações. Olhando do ponto de vista da economia, tal fato se explicaria pelo simples motivo de o Brasil se tratar de um país turístico e que uma diferenciação brusca no tratamento aos turistas acarretaria conseqüentemente, num rombo – por assim dizer – no nosso ganha pão. Se passássemos a exigir mais respeito as nossas leis aos turistas esses, certamente, arranjariam logo, logo, um país periférico, subdesenvolvido e com vontade (ou seria promessa?) de potência para gastar seus euros, sem sombra de dúvida! Acho que não seria bom para a economia do país e, portanto, as autoridades nacionais não se atreveriam a pensar em tal possibilidade. Olhando do meu ponto de vista – daquele que ninguém se interessa muito, é claro, por fatores óbvios – talvez, o descaso e a falta de providências diante das deportações dos brasileiros que têm ocorrido se trate apenas de falta de amor próprio, já que me parece que a população brasileira – não esquecendo dos órgãos governamentais - não está muito interessada na polêmica. Os noticiários relatam os maus tratos que brasileiros vêm sofrendo antes de serem deportados do aeroporto de Madri e a Polícia Federal não se pronuncia em relação a tais maus tratos. Apenas insiste que a deportação de espanhóis ocorrida nas últimas semanas não se trata de retaliação política – em outras palavras – afirmam que não estamos pagando na mesma moeda. Disso eu já era profunda conhecedora. O que ainda não sei é quando essa realidade vai mudar. O Presidente Lula, num passado nem tão distante, afirmou em um discurso político que “o Brasil desejava, naquele momento, um livre comércio que se caracterizasse pela reciprocidade”, isso em relação aos países desenvolvidos com os quais o nosso país mantinha relações comerciais. Trazendo as palavras de nosso sábio Presidente para a atualidade e, ainda expressando a minha opinião que mais adiante negarei veementemente, essa tal de “RECIPROCIDADE” deveria ser adotada, também, para resolver a questão entre Brasil/Espanha. O clássico “Olho por olho e dente por dente”. Mande de lá os brasileiros de volta que, nada mais justo, mandamos de cá os espanhóis para seu país. Por um outro ponto de vista, o mesmo que me faz dizer besteiras a todo instante, retorno ao meu posto de estudante que deseja um futuro – para si e para seu país e penso que isso seria muito arriscado e poderia vir a abalar o crescimento do país (não disse que negaria tudo). O melhor mesmo é que continuemos educados e bem adestrados, porque não sei se sobreviveríamos sem os Euros e Dólares oriundos dos países que nos expulsa e de suas fronteiras. E que a verdade seja sempre dita. Nós sim, sabemos tratar bem os turistas!!!
segunda-feira, 31 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
Pra toda ação existe uma reação – mesmo que passageira
Diplomacia. Newton – acredito eu – não tratava de tal assunto ao desenvolver sua cansativa – para os estudantes de cursinho – porém, famosa lei da “ação e reação”. Não sei se o governo brasileiro estudou a 3º lei de Newton, mas afirmo que ele a usou de maneira magistral nesta última semana.
Um grupo de brasileiros foi barrado no aeroporto de Madri na última semana. Tratava-se de um grupo de turistas que, segundo as informações divulgadas pelos veículos jornalísticos, não tinham a intenção de permanecer no país mais do que o estipulado pelas leis locais. No entanto, apesar dos brasileiros comprovarem que tinham condições de permanecer onde estava o Governo espanhol negou suas entradas e os deixaram três dias sem alimentação adequada, sem condições de higiene, enfim, sem qualquer conforto.
Alguns dias depois um grupo de espanhóis foi, igualmente, barrado no Brasil – mais precisamente – no aeroporto de Salvador. Nada de mais – se não fosse o caso anterior citado acima. Apesar de tamanha coincidência, a polícia federal afirmou que os espanhóis apresentavam irregularidades e, por isso, não podiam continuar no país.
Se foi “legal” ou não eu não tenho conhecimento, mas que foi uma boa revanche não tenho dúvidas.
Por ano são extraditados cerca de mil brasileiros da Espanha para o Brasil. Aqui os números não chegam sequer perto disso. Em média, apenas 6 espanhóis, POR MÊS, são deportados para seu país. Diferença gritante!
No entanto, apesar de ter sido uma boa resposta (mesmo a PF continuando a afirmar que não se tratou de uma retaliação política) é presumível que tudo volte ao normal e que os nossos amigos hispânicos voltem a nos visitar com todas as regalias possíveis, afinal de contas, estamos a falar do Brasil, ora! Esse mesmo Brasil que permite que paguemos as contas - em conjunto, que fique bem claro - dos cartões de crédito de quem recebe um milhão de vezes a mais que nós. Tenho certeza, pelo menos, que recebem bem mais que minha mãe – que trabalha há anos de serviço geral em rede pública.
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